Em minha análise rabugenta de GRID, reclamei que o menu era lento como uma lesma, que a manobrabilidade dos veículos era patética e que o motion blur do jogo induzia ao vômito. Não necessariamente com estas palavras.
O camarada Ghedin, que me indicou o jogo anos atrás, veio em sua defesa nos comentários e afirmou categórico que meu problema estaria na placa de vídeo e que com uma VGA superior meus problemas se resolveriam e GRID seria outro título. Duvidei, afinal, trata-se de um jogo de 2007 e minhas configurações estão acima das recomendadas na época.
Mas não é que ele estava certo?
Depois de muito pesquisar (muito mesmo), hesitar, contar as misérias, voltar atrás, desistir, pesquisar de novo e encomendar, comprei uma Radeon R7 240, minha primeira placa da AMD na vida e aposentei a medieval GeForce 9400 GT, mais velha que o blog. Não é a placa que eu mereço, mas é a placa que eu preciso, diria o filósofo James Gordon.
E o raio do GRID roda que é uma maravilha nele. O menu flui macio, o motion blur desaparece por completo, o carro se torna controlável.
Exceto...
... que sou péssimo no volante. Entre muitos risos meus e de meu filho, percebi que meu sangue está mesmo no modo arcade e qualquer coisa mais realista do que Need For Speed é um acidente prestes a acontecer.
Testei vários estilos de corrida. O menos pior é o Free Wheel, onde os veículos parecem ter mais aderência e as curvas mais suaves. Ainda assim, detonei o carro. No nível mais baixo de dificuldade possível.
Tentei outra vez. Explodi o carro em uma batida frontal contra a lateral da pista, quebrando meu próprio recorde de menos tempo intacto. Não completei corrida alguma.
Peço duplas desculpas a GRID. Primeiro, por ter apontado falhas técnicas que estavam, aparentemente, no meu PC (ou na má otimização da Codemasters, jamais saberei). Segundo, por ser ruim demais na direção.
Tenho limites e GRID é um deles. Agora sim, desinstalo de alma lavada.