Quando a Techland ainda trabalhava na franquia Dead Island, eu morria de vergonha com as jogadas de marketing feitas pela Deep Silver para promover a marca. Entenda que eu curti e muito o primeiro título, mas era constrangedor defender uma série que se promovia com torsos desnudos zumbificados e casamentos zumbis além do agora infame trailer sentimental.
Com a ruptura entre a desenvolvedora e a produtora, acreditei que essa era tinha passado. Até porque a Deep Silver seguiu com suas ações estapafúrdias, desta vez para divulgar Dead Island 2, incluindo a bizarra sugestão de inserir um zumbi verdadeiro na edição de colecionador do jogo...
Mas é na edição de colecionador de Dying Light que a Techland se revela amaldiçoada a participar destas extravagâncias:
A “My Apocalypse Edition” custará a “bagatela” de £ 250.000, ou seja, mais de um milhão de Reais, considerando a cotação de hoje.
Um valor realmente absurdo, e nem precisamos fazer esforço para chegar a esta conclusão. Apenas uma edição da “Dying Light My Apocalypse Edition” será vendida, e ela dará ao “felizardo” as seguintes “vantagens” e itens:
- (...)
- Viagem até os estúdios da Techland na Polônia, para um encontro com a equipe de desenvolvimento (eles irão ajudar o comprador a “aprimorar suas habilidades de luta contra zumbis”);
- Partida fraudada (o comprador da edição de colecionador ganha independentemente de qualquer coisa) contra os desenvolvedores, no modo “Be the Zombie”;
- Aulas de parkour com a equipe Ampisound;
- Abrigo à prova de zumbis construído pela empresa Tyger Log Cabins, o qual também conta com cercas de arame farpado, um console e uma cópia do jogo, para que o comprador possa jogar “com segurança”;
É uma casa. Esse último item é uma casa! Não uma casa qualquer destas que você mora, mas uma casa customizada para parecer uma fortaleza anti-zumbi. Daquelas que você compra e ganha um divórcio em seguida, porque foi a gota d'água para quem sempre aguentou suas manias.
O objetivo de uma ação dessas não é o lucro, obviamente. Talvez ninguém se habilite a pagar por essa edição especial, principalmente porque é limitada ao Reino Unido. Mas o burburinho, as manchetes, esses foram conquistados.
Será então que desde o começo essas ideias saíam da cabeça da própria Techland?