Ganhei as versões Redux de Metro 2033 e Metro Last Light por uma imensa cortesia do camarada Fausto Albertoni, do Rabisco Virtual. Não tenho palavras para agradecer esse grande presente.
Entre as inúmeras qualidades do primeiro jogo, que serão analisadas tão logo eu conclua o enredo (e falta pouco agora), uma que me impressionou de imediato é a qualidade gráfica. Não apenas o poder da engine, façanha puramente matemática de seus engenheiros, mas também da forma como seus designers aproveitaram essa ferramenta para recriar o horror claustrofóbico do livro de Dmitry Glukhovsky.
Mas ainda mais impressionante é a forma como seus criadores retratam o elemento humano presente neste universo tão amargurado. Cada rosto, cada cidadão deste assentamento subterrâneo carrega em seus pixels o peso da dor e da escuridão do cotidiano, como poucas vezes vi em um jogo eletrônico. Talvez seja o excelente trabalho de luz e sombras do motor gráfico, talvez seja o esmero de seus criadores de modelo para capturar o espírito humano. Não há vale da estranheza aqui. Apenas sobreviventes e suas histórias, contidas em uma única expressão.
Foram duas jornadas neste jogo: a de Artyom para salvar sua estação e a minha ao seu lado, como um fotógrafo do excelente trabalho da 4A Games.