Na primeira vez que abri Garfield Kart para ver como era o jogo, não deu nem dois minutos, já vieram me questionar no Steam por que eu estava fazendo aquilo e eu tive que me explicar que o jogo era para o meu filho. "Cheguei a ficar preocupado", confessou o camarada.
Pois é. Eu também deveria.
A meta aqui era introduzir o guri nos jogos de corrida, aprender a acelerar, fazer curvas, mirar no alvo e outras habilidades que títulos do gênero "clone de Mario Kart" exigem. Para isso, Garfield Kart serviria de treinamento, um jogo casual, sem muita dificuldade ou comandos complexos.
Esperava um jogo raso. E encontrei.
Garfield Kart pega a fórmula e não altera uma vírgula, apenas acrescenta uma camada de customização barata com chapéus e itens para o veículo, que você precisa conquistar com pontos. Mas o jogo tem a boa-vontade do personagem-título e sua preguiça lendária acometeu os desenvolvedores. A palavra "medíocre" vem à cabeça.
A sensação de velocidade é praticamente nula e as pistas são simplórias. A única relação entre os personagens e suas contrapartes clássicas é a aparência: não espere animações, comentários, frases de efeito ou qualquer outra coisa. Garfield, Jon, Odie aqui são meros skins para justificar o licenciamento e angariar uns trocados dos incautos. Para completar o desastre, os controles são imprecisos e acertar um drifté mais um exercício de sorte e frustração.
"Mas, e o garoto?". Saí para ir ao banco que fica dois quarteirões de minha casa e larguei ele com o jogo aberto. Quando voltei, estava bem animado... brincando com seus bonecos no chão, Garfield Kart totalmente esquecido na tela. O Steam registra 58 minutos, não sei quantos realmente jogados.
Antes de removermos NyxQuest do PC para abrir espaço para Trine 2, tentei convencê-lo a remover Garfield Kart. Ele disse que não. Outra semana se passou em que o gato comedor de lasanha não deu as caras e chegou o pedido: "tira o jogo do Garfield".
Pois é.
