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Coração das Trevas

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Do alto de um edifício, eu contemplo a paisagem na Zona de Exclusão de Chernobyl. Estou em Pripyat, o coração da região mais inóspita conhecida pelo Homem. Eu não pertenço a este lugar, ninguém pertence a este lugar. Mas neste momento, com o céu límpido e o Sol brilhando no céu, observando a desolação do alto é quase possível esquecer os horrores que existem aqui. Esquecer que há 26 cadáveres neste mesmo prédio, que abri caminho até o topo com chumbo, coragem e sangue. Esquecer que há um número indeterminado de anomalias elétricas do meu lado que podem me fritar se der um passo na direção errada. Esquecer que logo ali na esquina há um Bloodsucker, uma das criaturas mais repulsivas que já vi, com tentáculos na mandíbula capazes de prender sua cabeça enquanto o monstro inteligente drena seu sangue. Quase posso esquecer que no horizonte há uma espécie de cipó parasita gigante conectando outros dois prédios e que uma estranha energia esverdeada percorre sua extensão.

Mas o Sol está brilhando. Há paz. É tão raro por aqui. Sem emissões, sem nuvens carregadas, sem aquela chuva gélida. Nesse precioso minuto, Pripyat é bela, poética. Um testamento arquitetônico da insanidade humana e do inexplicável.

Entretanto, tenho trabalho a fazer. Pego meu rifle Gauss e miro na cabeça do Bloodsucker. Ele não tem a mínima chance. Não há a menor necessidade disso. Eu apenas lembro de todas as vezes que cruzei com um de sua espécie, o pânico, a luta desesperada para atingir um mutante que pode ficar invisível. Eu penso nos tentáculos. Na forma inumana como eles dormem em seus covis. Aperto o gatilho. Ele explode.

Isso é S.T.A.L.K.E.R.: Call of Pripyat.

Call of Pripyat 38

Visto de Turista

Você começa o jogo de forma suave. Ao contrário de outros jogos da franquia, aqui você é um militar devidamente equipado (a princípio) com responsabilidades, uma missão a cumprir e, diria eu, um total desprezo pela Zona.

Minha impressão inicial não foi tão positiva quanto à do S.T.A.L.K.E.R. original. O nível de dificuldade foi amenizado, a primeira área do jogo não é tão hostil como deveria ser. Ou será que não?

Felizmente a desenvolvedora GSC Game World entendeu que tensão pode até ser construída pela eminente ameaça de sofrer dano e ver sua barra de vida caindo, mas a melhor tensão, aquela que gruda na sua alma e não sai mais é aquela construída aos poucos, com contexto, enredo, inimigos bestiais, sons onipresentes de medo, trilha sonora perturbadora. Em Call of Pripyat você inevitavelmente vagará por longos minutos sem enfrentar nada, a não ser os seus próprios temores, apenas para ser confrontado, sem aviso prévio, com algo amedrontador. Nem toda luta é de vida ou morte, mas cada uma delas remove mais um tijolo da muralha da sua sanidade.

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A Zona se infiltra na sua mente. É uma geografia quase viva, um cenário transformado em personagem constante, que desafia explicações, que emerge da jogabilidade dinâmica e imprevisível, mas também se faz presente nos eventos pré-programados, quase como se seus criadores conhecessem uma fórmula secreta de manter o jogador em permanente estado de alerta. O grotesco, o deformado, o incômodo, ditam as normas. E, mesmo ali, ainda há tempo para um violão, uma conversa, folhas verdejando.

Call of Pripyat 11Call of Pripyat 12

Você entra na Zona como um visitante, alguém que irá apenas realizar uma missão de resgaste. Mas ela te enlaça, te arrasta e quando você se dá conta está participando da vida de seus habitantes, salvando vidas, tirando vidas, caçando monstros que podem ou não ser mutações, tentando decifrar o enigma desta esfinge. Você entra como turista, mas por muito pouco não fica para sempre.

Ecossistema do Medo

Andando de volta para uma das bases vejo um par de bandidos. Minha reação inicial é evitá-los. Já matei um número suficiente deles em outras ocasiões para que a facção talvez me veja como inimigo. Visualizo no binóculo e a interface me diz que são amigáveis.

Então me aproximo para negociar alguns itens que peguei de corpos caídos no chão. Estamos negociando quando um monstro gigantesco surge de lugar nenhum e derruba o bandido líder. Não há muito tempo para pensar. Atiro na besta, que não para de se mover um segundo e salta sobre o outro bandido. Ela erra o pulo ou o pobre coitado tem a sorte de se esquivar. Ele atira também, mas nada parece deter a fera. Com uma patada, o Chimera manda sua vítima longe e se volta para mim. Descarrego tudo que tenho. Ela cai.

Ouço o primeiro bandido, o infeliz com quem estava negociando, gemer no chão. Ainda está vivo. Posso recuperá-lo com um Kit de Cura. Ou dar o tiro de misericórdia e roubar suas coisas. Essa é a Zona. Ele é um Bandido. Não há ninguém por perto para ver. Pela lógica da mecânica fria, o melhor caminho é a execução. Eu curo ele. Negociamos e vou embora.

No caminho para base, passo por um tiroteio violento entre Stalkers e Bandidos. Atravesso o fogo cruzado sem interceder. Esta tarde não matarei bandidos.

Nada disso foi pré-programado. Entretanto, faz parte da rotina. A Zona se move, vive, cria seus pequenos dramas e tragédias ao meu redor como se meu personagem nada significasse. É um dos raros jogos em que você se sente menor que o mundo, que não faz a diferença e é apenas mais um lutando contra um universo que não é justo.

Call of Pripyat 18

Saindo do Inferno

Na minha primeira tentativa de vencer o jogo, todos que estavam sob minha responsabilidade morreram. O resgate foi embora sem mim. Sozinho, cercado por inimigos e pelos corpos dos meus aliados, compreendi que aquele era o final mais adequado para a jornada. A Zona não é um lugar para vitoriosos, para finais felizes, para heroísmo. É um lugar de tristeza, de vidas desperdiçadas em troca da promessa da fortuna, atraídos pela Chamado de Pripyat. Eu morro, transpassado pela bala de um servo da Zona. Estou livre.

Entretanto, a GSC Game World não teve a ousadia de tornar canônica tal conclusão. Seria a consagração de um destino que se iniciou lá no começo com o fracasso da missão militar enviada para investigar a Zona.

Ao contrário de outros títulos, este entende que não é necessário um chefe final para desafiar o jogador. Não é um jogo sobre quantos mutantes especiais você matou ao longo caminho. Na verdade, estas aberrações radioativas até existem, mas são raras. A tensão não está na abundância, mas na incerteza de quando elas irão cruzar seu caminho, seja por azar ou por design.

O final é uma corrida desesperada pela salvação. Chega em um momento em que você já está saturado da Zona. Quando você percebe que os mistérios não terão resposta porque, assim como você, ninguém sabe de nada. A Zona é a Zona, o estranho acontece, a esperança morre. Ninguém deveria estar aqui. Você entrou para resgatar pessoas e sai com tanto medo quanto elas.

Tentei novamente a sequência final. Fui derrubado.

Tentei uma terceira vez. Com sangue no olho e determinado a tentar ser herói apenas mais uma vez. A dar meu dedo do meio para o inescrutável, cuspir na cara da Zona e gritar: "desta vez, não".

A cena final é linda. O jogo te oferece a possibilidade de continuar na Zona depois do término da história, para continuar explorando. Não consigo me imaginar dizendo "sim". Parto. É a maior sensação de alívio que já tive com um jogo.

Buscando inspiração em Fallout, Call of Pripyat pesa suas ações ao longo da trama e revela o que aconteceu com locais e pessoas que você tocou. Apesar de tudo que a Zona tentou para te convencer do contrário, você fez a diferença. Há fracassos, mas há acertos.

Para meu espanto, a narrativa revela que seu personagem retorna para a Zona no futuro, para residir permanentemente como um Adido de Segurança do Exército. Porém, não consigo me imaginar dizendo "não".

O Chamado é muito forte.

Call of Pripyat 48

Ouvindo: Poesie Noire - Mirror Man

Eu Li: Dead Island

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Dead Island. Aqui estou de novo escrevendo sobre Dead Island. Dead Island é como aquele primo distante seu com quem você deu umas voltas no passado e foi bem legal, mas todo mundo fala mal dele. Você tenta defendê-lo, porque, afinal, vocês se divertiram um bocado em uma época, mas a grande verdade é que ele vacila. Vacila muito. Ele engravidou uma menina de 14 anos. Ele foi pego dirigindo embriagado. Ele abriu o supercílio de um cara na balada. Espera aí, ainda estamos falando de Dead Island?

Dead Island
Movido pela sensação agradável de ter jogado Dead Island, caí na asneira de comprar a novelização na época. A fila de livros era grande, a leitura acabou ficando para agora. Na teoria, seria um bom modo de relembrar a zoeira, as farras inconsequentes... misturei as metáforas de novo.

Na prática, Dead Island, o livro assinado por Mark Morris, é mais um tropeço na longa folha corrida da franquia.

As primeiras páginas demonstram um potencial enorme para a adaptação. Exibindo eventos que antecedem o incidente de Banoi, somos apresentados aos quatro protagonistas do jogo em uma dinâmica que estabelece muito mais de suas personalidades e seus passados do que horas e horas de jogabilidade deixam transparecer. Ali, naquele momento, são personagens vivos, com os quais é possível se importar.

Quando o jogo começa, o livro desanda. É compreensível que um autor precise cortar as longas horas de sidequests para se focar na trama principal. Entretanto, em Dead Island, esse eixo principal é justamente o seu calcanhar de Aquiles. O enredo absurdo que é a mola motriz do jogo fica oculto em desvios e atmosfera durante a jogabilidade. No livro, com os holofotes todos em cima, a trama desaba. A inexplicável linha do tempo do jogo (onde dia e noite não passam e você precisa ficar rastreando mentalmente quantos dias se passaram) se transforma em 72 horas de ação. Entre o vírus começar a se espalhar e toda a civilização na ilha entrar em colapso se passam menos de 24 horas. Nada é verossímil, as manipulações de bastidores se tornam risíveis.

Imagino que Mark Morris tenha recebido apenas um delineamento dos eventos do jogo e não tenha tocado no controle ou no teclado. Ou mesmo visto um vídeo de Dead Island. É a única explicação para ele não apenas ignorar todos os infectados especiais que existem em Banoi, jogando tudo na vala comum do "zumbi corredor" como também focar agressivamente no uso de armas de fogo e deixar de lado a improvisação e os combates viscerais de vida e morte. Ler um livro de Dead Island sem a brutalidade de uma marreta com pregos e sem ninguém pisando na cabeça dos zumbis para finalizar o serviço? Faça-me o favor. Em seu lugar, tiroteios, tiroteios e tiroteios sem qualquer nível de tensão.

O livro não obedece nem mesmo à sua própria lógica. Em uma página, um personagem normal, sem imunidade, informa que se um zumbi sequer babar em cima de você, a contaminação será fatal. Três páginas depois, o personagem toma um banho de sangue e vísceras e nem se abala.

O pecado final de Mark Morris está na alteração do final e das forças que se embatem ali. Aparentemente, não satisfeito com a premissa ridícula de quem está planejando o quê que existe no jogo, o autor tira da manga um roteiro ainda mais clichê, ainda mais infantil, que esvazia o poder de um dos maiores vilões do jogo, remove o papel dos protagonistas na conclusão e consegue reduzir um dos raros momentos dramáticos da obra da Techland.

Eu suspiro desolado diante de mais um vacilo. Esse primo não toma jeito mesmo. E o que será agora que ele saiu da casa dos pais e está ainda mais louco?

Ouvindo: Meu filho aprontando todas na sala

Arma Número Um

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Faca - PripyatEm Call of Pripyat, há uma ampla e quase esotérica seleção de armas à sua disposição. Para quem cresceu acostumado com M-16s e AKs em dezenas de jogos, é estranho ver a quantidade de armas ucranianas exóticas.

Apesar da abundância, a arma que ocupa o número 1 no teclado é uma faca. Não há outras opções de faca no jogo. Nunca usei a faca no jogo. Então, qual é o sentido ali?

É uma longa tradição de FPS de colocar na primeira posição uma arma que você possa utilizar sem se preocupar com munição, supostamente para os momentos difíceis ou para os oponentes muito fracos. Também é uma tradição que uma nova arma seja oferecida logo nos primeiros minutos de jogabilidade e raramente você retornava àquela alternativa.

Nos anos 90 e começo dos anos 00, não havia FPS que não seguisse essa regra silenciosa. Muitos por pura preguiça de subverter as convenções. Os melhores jogos incorporavam essa mecânica em sua personalidade.

Afinal, o pé de cabra se tornou o ícone de um certo Gordon Freeman. Mas, você já parou para pensar porque esse entre tantos instrumentos. Porque Half-Life é sobre o homem certo na hora certa, o cidadão comum transformado pelo destino em um instrumento da resistência. Sua arma número 1 é uma ferramenta, algo que até então não era associado ao combate. Assim como o cientista que se torna herói, sua arma característica é improvisada.

Gordon Freeman

O que uma motosserra está fazendo em Marte? Ninguém questiona, porque a motosserra se torna aí um símbolo da brutalidade presente em Doom, tão reconhecível que é responsável pelo clímax do único bom momento da espúria adaptação cinematográfica. Uma arma tão agressiva não poderia ficar limitada a uma única série e faria seu retorno como o cartão de visitas da franquia Gears of War, mesmo não sendo um FPS.

A trinca de ouro da engine Build também demonstra o cuidado que os pioneiros dos FPS tinham em diferenciar suas criações umas das outras. O macabro Blood traz o protagonista carregando um forcado, normalmente associado ao "satanismo" como arma primária. Seu alcance, um pouco maior que a média das armas de combate corporal que utilizam o botão 1, a torna útil até o final do jogo para afastar zumbis e arrancar suas cabeças. Já Shadow Warrior, que puxa suas inspirações dos clichês de filmes de kung-fu, não se decide e oferece duas opções para o botão 1: uma Katana capaz de cortar ao meio o vilão básico do jogo e o bom e velho golpe dos punhos de dragão que um artista marcial do porte de Lo Wang seria capaz de conhecer. Fechando a trinca, Duke Nukem 3D tem um personagem principal cujo lema é literalmente "chutar bundas" e cujo ataque primário é... uma botinada bem dada nas fuças.

katana

Originalmente, Quake traria um poderoso Martelo encantado como arma número 1, capaz de sacudir o chão e que seria a explicação para o título do jogo. Mas John Carmack achou que esta era outra ideia de John Romero que não valeria a pena seguir, acentuando o conflito entre os dois fundadores da id Software. O overpowered martelo foi substituído por uma insossa e mal-renderizada pá suja de sangue, mas Quake seguiu para se tornar um clássico focado na mecânica de tiros.

Em contrapartida, após sair da id Software, Romero insistiria no plano de ter um jogo com uma arma branca como centro da jogabilidade e conceberia o polêmico, para não dizer rejeitado, Daikatana. A decisão de tornar a espada como ponto central acabou se tornando um, entre vários, equívocos da produção do FPS.

Mas o gênero dos FPS sofreria uma mutação com o novo milênio e partidas multiplayer passaram a dominar o cenário. A arma primária foi uniformizada na forma da onipresente faca, praticamente inútil. Entretanto, jogadores habilidosos se especializaram no seu uso e a arma número 1 se tornou um instrumento de humilhação, como se diz no jargão, "só na faquinha". Em partidas frenéticas, onde precisão e correria são constantes, a arte se esgueirar e tirar todos os pontos de vida de um oponente usando a arma mais fraca do jogo conquistou um status infame.

CS - Na Faquinha

Dead Island, de certa forma, colocaria as armas brancas finalmente no patamar que merecem, com resultados que se encaixam como uma luva na atmosfera sangrenta de sua trama. Ainda que armas de fogo possam ser encontradas e utilizadas, são machados, marretas, facões e outros instrumentos customizáveis que se tornam o principal método de cortar e mutilar a horda de mortos-vivos. O sentido de improvisação que antes havia em Half-Life aqui ocupa o centro do palco: o apocalipse zumbi aconteceu e você está usando tudo que encontra contra os monstros. A própria Valve também adotaria o conceito anos antes com Left 4 Dead 2, onde é possível até mesmo usar uma guitarra ou uma frigideira para se defender dos zumbis.

Nos confins do espaço ou nas ruas de qualquer cidade, a verdade é que a arma número 1 continuará sendo a companheira inseparável dos jogadores de FPS. Ainda que não necessariamente a mais utilizada.

Ouvindo: Danzig - Cult Without A Name

Guia de Sobrevivência da Summer Sale Para os Realmente Pobres

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A Summer Sale do Steam chegou, ave Gaben nas alturas, é a hora de torrar o cartão de crédito e empurrar a fatura para o adiantamento do décimo-terceiro ou passar o mês de Julho na base do Miojo com farinha.

okMas, para uma significativa parcela da população de jogadores, é uma hora de sorrisos amarelos.

Seus amigos comprando jogos a granel sem piscar e você ali com seu nome na Lista Negra do Serasa. Seu agiota mandou avisar que só devolve seu liquidificador se você pagar alguma coisa. Os moradores da cracolândia tem pena de você e fazem vaquinha para te comprar uma cesta básica.

Não está fácil. Mesmo assim, você não consegue parar de pensar em jogos. É Verão no Steam! Não fique triste, ainda é possível comprar alguma coisa pagando muito pouco.

Seu primeiro passo é visitar a página dos jogos por menos de 10 reais na loja virtual. Mas você não tem nem dez reais? Não tem problema, vamos listar do mais barato para o mais caro, onde jogos são medidos por centavos e o preço de um pastel equivale a uns cinco títulos.

Vamos às dicas:

  1. Esqueça a página inicial do Steam. Esse aqui é o seu link a partir de agora.
  2. Esqueça cartão de crédito, boleto bancário ou outros métodos de compra. A taxa de uso certamente será mais cara que o valor do jogo.
  3. Use o dinheiro da sua Carteira Steam, que ganhou com cartas, para comprar jogos que irão gerar mais cartas para que você venda e coloque dinheiro na Carteira Steam.

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  4. Não tem dinheiro nem na Carteira Steam? Mas, meu filho, está feia mesma a coisa, não? Neste caso, participe do minijogo dos Monstros para ganhar cartas e venda o mais rápido que puder. O valor delas vai cair e cair.

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  1. "Posso gastar agora?" Ainda não. Está vendo o ícone do lado do nome dos títulos em promoção? Aquele com a mãozinha pra cima? Aquilo é resultado de uma média aritmética entre análises positivas e negativas do jogo: uma mão avermelhada para baixo geralmente é indicação de que o título é uma bomba e é melhor manter distância, mesmo por esse preço.
  2. Se possível, leia algumas análises dos jogos que tiver interesse ou veja o vídeo que está logo ali demonstrando a jogabilidade. "Ah, é muito trabalho para economizar o preço de uma bala Juquinha", você pode estar pensando. É mais trabalho comprar, baixar, instalar, rodar, levar dez minutos para perceber que se deu mal e o desenvolvedor está rindo da sua cara.

    tim
  3. Não compre Bad Rats. Jamais.
  4. Preste atenção nos requisitos mínimos. Não porque o jogo é barato que quer dizer que ele não exija uma máquina mais potente que aquele computador das Casas Bahia que você atrasou as prestações.
  5. Estes jogos baratos nunca vão aparecer em destaque na Summer Sale. O desconto máximo é esse mesmo. O que significa que você não precisa ter pressa. Você pode esperar até o último dia da liquidação para: a) juntar mais dinheiro na Carteira e talvez comprar um jogo de maior valor; b) esperar essa vontade louca passar.
  6. Não espere a melhor experiência da sua vida pagando essa mixaria.

    Meh
  7. A seguir algumas recomendações pessoais de jogos que valem, pelo menos, o que está sendo cobrado: Beep, Out There Somewhere, Rush, Overcast, Commandos, Cthulhu Saves the World, Breath of Death VII (análise), Soul Gambler, Toki Tori (análise), Journey of a Roach.

Parabéns, agora você deve ter alguns jogos novos na sua Biblioteca para poder jogar quando religarem a luz na sua casa. Força aí, estamos juntos, as coisas vão melhorar!

obama

Ouvindo: Danzig - Power Of Darkness

Jogando: Neverwinter (Parte 3) - O Abismo da Decepção

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Terminei a parte 2 da minha análise deste MMORPG com as proféticas palavras: "Infelizmente, as duas últimas áreas de Neverwinter foram mais longas e cansativas que o começo do jogo, com histórias bem menos ricas do que aquelas apresentadas anteriormente. (...) Falta agora recuperar o entusiasmo e sigo na torcida por uma trama mais satisfatória no próximo arco de missões".

Um mês depois e o jogo desceu ladeira abaixo.

A impressão que fica é que o esmero e o cuidado com a narrativa e com o diferencial entre as missões ficou mesmo lá no início, que os responsáveis por seu desenvolvimento foram demitidos no meio do projeto e a Cryptic optou por contratar "veteranos" da indústria para repetir ad nauseam a fórmula de jogos do gênero. Você começa sabendo que a cidade de Neverwinter está sendo ameaçada por X, vai para uma área nova começar um arco de missões que irá durar longas duas, três horas, que seguem o mesmo roteiro: enfraqueça as forças da tal ameaça matando N Criaturas 1, retorne, encontre N objetos, retorne, entre na cripta para matar o Subchefe 1, vá para o próximo subsetor, enfraqueça as forças da tal ameaça matando N Criaturas 2, retorne, encontre N objetos, retorne, entre na cripta para matar o Subchefe 2, vá para o próximo subsetor, enfraqueça as forças da tal ameaça matando N Criaturas 3, retorne, encontre N objetos, retorne, entre na cripta para matar o SubChefe Final, retorne, descubra que o último dos últimos chefes só pode ser derrotado em grupo, descubra que a missão está desativada por que deu bug meses atrás e ninguém reativou até hoje.

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A trama subjacente de Neverwinter, que envolvia a Lich que tentava invadir a cidade no vídeo de abertura? Abandonada e nunca mais mencionada. Mas isso não significa paz porque a todo momento uma Força de Outra Dimensão está tentando entrar e destruir tudo que existe, transformando o jogo em uma espécie de seriado involuntário com o Extradimensional da Semana.

É extremamente cansativo e desestimulante. Agravado por um confuso sistema monetário que vai apertando o nó na sua garganta para que você solte dinheiro para os desenvolvedores (não o fiz e não farei). Agravado por um sistema de investimento de pontos em personagem mal-projetado que invariavelmente irá levar para uma reaplicação de pontos quando atingir o nível máximo, processo esse que, obviamente, é pago. Agravado por um motor gráfico que rejeita antialising em placas AMD. Agravado pela ignóbil decisão de obrigar você a atravessar vastos terrenos para retornar ao seu hub, ao final de um arco de missões, a menos que você compre um Pergaminho de Teleporte (que não é barato).

Então, o que me faz seguir em frente? Teimosia e o trabalho da comunidade.

Teimosia porque já cheguei ao nível 55 e, aparentemente, um leque de oportunidades se abre no nível 65.

E o trabalho da comunidade, através de missões criadas pelos próprios jogadores, é, em uma única palavra, sensacional. De longe, a melhor ideia que já vi em muitos MMORPG. Jogadores criam suas próprias aventuras dentro daquele universo, com diálogos, tramas, reviravoltas, armadilhas e monstros e disponibilizam para outros. Até o momento, 90% das que eu joguei eram superiores ao conteúdo genérico da própria Cryptic. Onde falta emoção, deslumbramento, personagens cativantes e desafios no modo oficial, sobra no Foundry, esse depósito de aventuras compartilhadas. É basicamente um rodízio de RPGs single-player dentro de um MMO.

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Apesar do talento presente na Foundry, a Cryptic sabota como pode esse aspecto do jogo. O nível dos inimigos se adapta ao seu, mas a qualidade do loot encontrado é inferior ao seu próprio nível e a frequência com que você adquire itens é claramente muito, muito baixa. São aventuras que literalmente dão prejuízo, onde eu consumo uma boa quantidade de poções devido ao nível dos oponentes, mas as recompensas não cobrem o custo. Todos os desenvolvedores alertam: eles não são responsáveis pelo loot, esse é determinado pelo sistema cruel desenvolvido pela Cryptic. Talvez a desenvolvedora tenha tentado evitar abusos, mas o efeito final também acaba não sendo justo.

Como resultado, me vejo obrigado a realizar tarefas (e merecem esse nome) oficiais, em nome de itens e grana, intercaladas com as aventuras (e merecem esse nome) não-oficiais pelo prazer de recuperar aquele encantamento do início da jornada.

Que o conteúdo final de Neverwinter me faça recuperar a confiança no trabalho da Cryptic. De outra forma, gastarei até minha última moeda de ouro no mar sem fim das criações dos meus iguais.

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Ouvindo: Coil - Where are You

Ellen e John 2: Perguntas e Respostas

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O casal Ellen McLain e John Lowrie participou de uma rodada de perguntas e respostas no Reddit no último dia 11, como sempre destilando simpatia. As vozes de GLaDOS e Sniper responderam sobre Portal, Team Fortress, o trabalho de dublagem e muito mais. Destaco aqui apenas algumas respostas:

P: Quando Portal 3 vai sair?

Ellen: Infelizmente, Gabe Newell foi atacado por um 3 quando era muito pequeno, então eu não sei.

John: Todos os tempos são um. Há apenas o agora.

P: Vocês dois estão juntos por cerca de 30 anos, certo? Vocês tem algum conselho para casais mais jovens que também se encontram trabalhando no mesmo ramo que seus parceiros?

John: Eu acho incrível ter uma esposa com quem eu possa realmente discutir sobre meu trabalho. Ellen e eu temos grandes conversas sobre atuação e vários papéis que podemos estar fazendo. Eu diria para qualquer jovem casal: se você trabalha na mesma área apenas saiba que aquele de vocês que tiver um trabalho será provavelmente o que vai mais cuidar da casa também, porque aquele que não tem um emprego estará deprimido demais para fazer os trabalhos domésticos!

Ellen: John e eu sempre tentamos arranjar trabalho um para o outro e nós estamos sendo bem-sucedidos algumas vezes.

P: Em relação ao último quadrinho de TF2, John, você acredita que o Sniper está morto?

John: Não, eu não acho que o Sniper está morto, mas, veja bem, eu sou suspeito.

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P: Ellen, você já usou a voz de GLaDOS para outros trabalhos? Eu poderia jurar pela minha vida que já a escutei em algum outro lugar.

Ellen: Sim - para o Gipsy Danger em Círculo de Fogo e para GLaDOS em Poker Night 2. GLaDOS aparece também no jogo Portal Pinball no Announcer Pack de Dota 2. E meu marido escuta aquela voz o tempo todo ;)

P: Que personagem de Dota vocês mais gostaram de dublar?

Ellen: Eu tive tanto problema com Broodmother e o Death Prophet. Broodmother porque era complicado na minha voz. Death Prophet porque eu comecei com um sotaque da Europa Central e eles me pediram para trocar para um sotaque francês no estúdio.

John: Eu acho que foi o Pudge, mas o Storm Spirit vem coladinho no segundo lugar!

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P: Vocês dois alguma vez entram online e pesquisam todos aqueles fanarts e cosplays de seus personagens?

Ellen: Eu faço sozinha porque eu não quero que John saiba que eu estou fazendo isso.

John: Nós AMAMOS a arte dos fãs! Nós não vamos online para procurar apenas porque nós vemos muita coisa nas convenções. Nós estamos completamente fascinados pelo talento dos fãs que tem por aí.

P: Eu amo vocês dois! Vocês me adotariam? :D

Ellen: Claro, sem problema!

P: Meu amigo gostaria de pedir a mão da Ellen em casamento? O que vocês dizem?

Ellen: Eu não acho que bigamia é legal neste país. Ainda. Vamos perguntar para a Suprema Corte.

P: Eu acho fantástico o suporte de vocês para a comunidade LGBT e é fantástico ter tais exemplos e pessoas que apoiam. Há algo em específico que inspirou ou fez com que vocês apoiassem a comunidade LGBT?

John: Ambos sentimos que todos nós somos apenas pessoas. Nós apoiamos o GaymerX o pessoal LGBT que encontramos porque eles são legais e nós gostamos deles. Sexualidade é um assunto difícil para muitas pessoas. Se você olhar para a história das atitudes em relação a qualquer tipo de sexualidade na Europa desde a queda do Império Romano, é meio que impressionante que qualquer um aprove qualquer tipo de sexo entre qualquer um alguma vez. Mas nós estamos fazendo progresso.

P: Vocês acham que nós ainda veremos GLaDOS outra vez no futuro, seja aparecendo em um filme ou em outro jogo?

Ellen: GLaDOS está… "still alive".

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Ouvindo: The Mission U.K - Crystal Ocean

GLaDOS Vive!

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Quando Ellen McLain enigmaticamente falou que GLaDOS ainda estava viva na semana passada, nunca me passou pela cabeça que a resposta do mistério viria tão rápido. E tampouco a nova forma que GLaDOS assumiria:

Em algum covil subterrâneo secreto da Corporação Lego, caminha um plano maligno para assimilar toda a cultura geek mundial, Marvel, DC, De Volta Para o Futuro, Senhor dos Anéis, Harry Potter e, ironicamente, até mesmo Minecraft.

Ainda assim, que prazer incomensurável de rever todos eles: GLaDOS, Aperture Science, Wheatley e  Chell, com sua primeira frase suprimida. O que ela teria a nos dizer? O que a Valve tem a nos dizer?

Ouvindo: The Mission U.K - Deliverance

Compacto da E3

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Pra você que estava enlouquecido de trabalho ou provas na Faculdade (ou colégio, sei lá sua idade) e não conseguiu acompanhar a E3 deste ano como gostaria, coloque em dia as novidades antes que alguém te mande um spoiler e avise que Final Fantasy VII... opa, quase escapou. Ou apenas siga essas dicas para curtir a E3 calmamente, no seu tempo, durante o final de semana.

Resumões

ff7-remake

O site Código Fonte tem resumões de todas as conferências, alguns escritos por mim, outros não:

Também na onda dos resumões, mas mais divertidos de se ler, o Gamesfoda realizou um trabalho excepcional esse ano.

Trailers

doom-4-revenant

Mas se você não quer ler nada disso e quer ir direto pros trailers dos jogos, um usuário do Reddit teve a gentileza de organizar um listão em ordem alfabética de quase tudo que foi exibido durante a E3, com link direto para o YouTube. Outros usuários foram adicionando e eu acrescentei o que faltava aqui.

Não vi todos ainda e talvez nunca verei, mas o que recomendo estão em negrito:

ADR1FT https://www.youtube.com/watch?v=fYF2LZyhSCE

Afro Samurai 2 : Revenge of Kuma https://www.youtube.com/watch?v=URW3iGpRcKs

American Truck Simulator https://www.youtube.com/watch?v=UK6BLwW3raA

Amiibo Animal Crossing https://www.youtube.com/watch?v=L0Ux8bUY5xk

Ancestors: The Humankind Odyssey https://www.youtube.com/watch?v=ucyi2WT7XwQ

Anno 2205 https://www.youtube.com/watch?v=TEjpMLINn80

Arma III: Tanoa: https://www.youtube.com/watch?v=HvEGxdmjKro

Ashenhttps://www.youtube.com/watch?v=4iIv0Rh_-q0

Assassin’s Creed: Syndicate https://www.youtube.com/watch?v=Fxku_XeCnUU

Bedlam https://www.youtube.com/watch?v=O3SRarkMCoE

Beyond Eyes https://www.youtube.com/watch?v=ce3DazCFPDM

Call of Duty: Black Ops 3 https://www.youtube.com/watch?v=GM2m9LG35N0

Chibi-Robo! Zip Lash https://www.youtube.com/watch?v=LXlIKhuSc_s

Cuphead https://www.youtube.com/watch?v=4TjUPXAn2Rg

Dark Souls 3 https://www.youtube.com/watch?v=bpm4Q-EL_mA

Destiny: The Taken King https://www.youtube.com/watch?v=oD6h4ZD1jg8

Deus Ex: Mankind Divided https://www.youtube.com/watch?v=FOr0BY3-uhk

Dishonored 2https://www.youtube.com/watch?v=UnsDyv-TtJg

Disney Infinity 3.0 Star Wars https://www.youtube.com/watch?v=xBlg_7NyJoA

Dirty Bomb https://www.youtube.com/watch?v=QFsfpKQgGJ8

DOOMhttps://www.youtube.com/watch?v=ca1cHfu1cso

Dreams https://www.youtube.com/watch?v=4j8Wp-sx5K0

Enki https://www.youtube.com/watch?v=Ti07_LQ3LpA

EVE: Valkyrie https://www.youtube.com/watch?v=-XzMLg-yA6Q

Fable Legends https://www.youtube.com/watch?v=2v9rtc2a0rQ

Fallout 4https://www.youtube.com/watch?v=o2CCmkm0s9o

Fatal Frame: Maiden of Black Water https://www.youtube.com/watch?v=4lDC5wC3OMw

Fifa 2016 https://www.youtube.com/watch?v=bwz98athxQ8

Final Fantasy VII https://www.youtube.com/watch?v=Kznek1uNVsg

Final Fantasy XV: Heavensward https://www.youtube.com/watch?v=m2kVCzhAQXI

Fire Emblem Fates https://www.youtube.com/watch?v=kLFB-LtKYuQ

Firewatchhttps://www.youtube.com/watch?v=hGfd1MwL-T4

For Honorhttps://www.youtube.com/watch?v=sp3NKQlJPuo

Forza 6 https://www.youtube.com/watch?v=oBbXxfZYTAA

Gears of War 4 https://www.youtube.com/watch?v=1-qwBBLPBJI

Gears of War Remastered https://www.youtube.com/watch?v=lkUs9Xz7qu8

Gigantic https://www.youtube.com/watch?v=CP0BRaoqr-A

Goat Simulator: MMOre Goatz Edition https://www.youtube.com/watch?v=DK1njCgLe78

Guild Wars 2 : Heart of Thorns https://www.youtube.com/watch?v=0nKnkySDrvU

Half-Life 3https://www.youtube.com/watch?v=dQw4w9WgXcQ

Halo 5: Guardians https://www.youtube.com/watch?v=QwjwJ9Z_XYs

Happy Dungeons https://www.youtube.com/watch?v=o6Fp4TGm63M

Hellblade https://www.youtube.com/watch?v=EbZQDngawyc

Heroes of the Storm: Eternal Conflict https://www.youtube.com/watch?v=-RYw5wAKKc0

Hitman https://www.youtube.com/watch?v=LVqxMCZ3u6k

Horizon: Zero Dawnhttps://www.youtube.com/watch?v=Fkg5UVTsKCE

Ion https://www.youtube.com/watch?v=K_yq6zUzfnE

Just Cause 3 https://www.youtube.com/watch?v=RRBA6Vo_srk

Killing Floor 2 https://www.youtube.com/watch?v=I3kTewIMAE0

Kingdom Come: Deliverance https://www.youtube.com/watch?v=ZOkd-Lmmcb4

Kingdom Hearts 3 https://www.youtube.com/watch?v=NKo4BgDnlfQ

Kingdom Hearts Unchained https://www.youtube.com/watch?v=zv5DLwebP40

Lara Croft Go https://www.youtube.com/watch?v=iCvr6wtNC4Y

Zelda Tri-Force Sword https://www.youtube.com/watch?v=ICbDBRqNWkg

LEGO Dimentions https://www.youtube.com/watch?v=W8X-vLGUPjc

Mad Max https://www.youtube.com/watch?v=Gbdv1GzxAto

Mario & Luigi Paper Jam https://www.youtube.com/watch?v=zI9Ic3tz2lc

Mario Tennis Ultra Smash https://www.youtube.com/watch?v=PXBWAjxioSU

MASS EFFECT™: ANDROMEDAhttps://www.youtube.com/watch?v=uG8V9dRqSsw

Metal Gear Solid V https://www.youtube.com/watch?v=9_8Qi-I4o9E

Metroid Federation Force https://www.youtube.com/watch?v=kw_tqCwxJYs

Mirrors Edge Catalyst https://www.youtube.com/watch?v=IsDX_LiJT7E

Need For Speedhttps://www.youtube.com/watch?v=Y5wssYZHVWc

Nier https://www.youtube.com/watch?v=t38ueUgUCA0

No Man's Sky https://www.youtube.com/watch?v=nLtmEjqzg7M

PES 2106 https://www.youtube.com/watch?v=3mRCtx0K1WA

Persona 5 https://youtu.be/vjSHjAoQty4

Pillars of Eternity: The White March Part 1 https://www.youtube.com/watch?v=4a05OrRrR2Q

Planet Coaster https://www.youtube.com/watch?v=ivAHFCHmIZo

Plants vs. Zombies: Garden Warfare 2 https://www.youtube.com/watch?v=1-ODHtJH6LY

Rainbow 6 Siege https://www.youtube.com/watch?v=fp4wmAbIC4w

Rare Replay https://www.youtube.com/watch?v=AaieVt3M72c

Ratchet & Clank https://www.youtube.com/watch?v=RgM69STfImY

ReCorehttps://www.youtube.com/watch?v=D2xgu4QnYA0

Rigs https://www.youtube.com/watch?v=xeSI2aj37MY

Rise of the Tomb Raider https://www.youtube.com/watch?v=4TQR2tyoaXQ

Rising Storm 2: Vietnam https://www.youtube.com/watch?v=7bxPi-MKwws

Rock Band 4 https://www.youtube.com/watch?v=VQguL-9F0kI

Sea of Thieves https://www.youtube.com/watch?v=1z48qvGsA_0

Shadow Warrior 2 https://www.youtube.com/watch?v=AsrvGM3u9z8

Shenmue 3 https://www.youtube.com/watch?v=WbaiwW_LVE0

SOMAhttps://www.youtube.com/watch?v=rA2fX1juoCE

South Park: The Fractured But Whole https://www.youtube.com/watch?v=ygxsQ2NgScc

Starfox https://www.youtube.com/watch?v=s6PEecNY0Sc

Star Ocean: Integrity and Faithlessness https://www.youtube.com/watch?v=Qn9RpzX_CX4

Star Wars: Battlefronthttps://www.youtube.com/watch?v=QlErxrZcuZw

Star Wars: The Old Republic - Knights of the Fallen Empire https://www.youtube.com/watch?v=bElK_Kw3pPo

Street Fighter V https://www.youtube.com/watch?v=2-9abLlPmp0

Superhot https://www.youtube.com/watch?v=5tiEXonI_mc

Super Mario Maker https://www.youtube.com/watch?v=ZwO09vJAPDs

Sword Coast Legends https://www.youtube.com/watch?v=ZqIHsXQphQI

Tacoma https://www.youtube.com/watch?v=8BkLMgaoQcM

Take on Mars https://www.youtube.com/watch?v=VHHOzaqbrvI

The Deadly Tower of Monsters https://www.youtube.com/watch?v=ATRsZZCX_vU

The Division https://www.youtube.com/watch?v=E2jtOoOKuKs

The Last Guardian https://www.youtube.com/watch?v=zXLZvsSmBIs

The Legend of Zelda: Triforce Heroes https://www.youtube.com/watch?v=7CMp3UzBPWs

The Long Dark https://www.youtube.com/watch?v=93c81X5nc18

Tom Clancy’s Ghost Recon Wildlands https://www.youtube.com/watch?v=JIWYJ-M4itc

Trackmania Turbo https://www.youtube.com/watch?v=3piye62BYf4

Transformers: Devastation https://www.youtube.com/watch?v=ICzE6R6YUnY

Trials Fusion: Awesome Level Max https://www.youtube.com/watch?v=mkM9faPKj3Y

Uncharted 4 https://www.youtube.com/watch?v=zL46dpNEPPA

Unravel https://www.youtube.com/watch?v=QpnY1G3vt_0

Warhammer: End Times Vermintide https://www.youtube.com/watch?v=nv9EiBnB0d0

World of Final Fantasy https://www.youtube.com/watch?v=7R5C9jiqAXQ

Yo-Kai Watch https://www.youtube.com/watch?v=opal2gPHAD4

Yosh Woolly World https://www.youtube.com/watch?v=s4pH7Eik7B4

Xenoblade Chronicles X https://www.youtube.com/watch?v=m_h80NRMm9A

Ouvindo: Newtown Neurotics - I Remember You

Esperando a Devastação

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fallout-4-vault-111

Fallouté membro da minha Lista de Favoritos.

Fallout 2 também.

Fallout 3, mesmo mudando de desenvolvedora, de perspectiva, de época e de tom, também conseguiu a façanha.

Então, vocês podem imaginar o nível de ansiedade que um Fallout 4 provoca. Conseguirá a Bethesda fazer com que este raio caia pela quarta vez no mesmo lugar? Não tenho dúvidas de que New Vegas, o derivado criado pela Obsidian, terá este poder. Por medo de me decepcionar, sigo adiando o momento em que finalmente o jogarei. Mas Fallout 4 tem um apelo diferente, faz parte da série principal, carrega uma responsabilidade maior.

Com o aguardado quarto título da franquia nas mãos, a Bethesda se deu ao luxo de realizar sua primeira conferência na E3. Embora Doom tenha aberto a apresentação e outros jogos também tenham sido exibidos, quase metade do show orquestrado pela produtora girava em torno da franquia pós-apocalíptica. A Bethesda está apostando alto: desenvolveu seu primeiro jogo para aparelhos móveis modernos inspirado em seu universo, está vendendo um Pip-Boy, segurou o segredo de Fallout 4 por anos, para revelar o jogo apenas poucos meses antes do seu lançamento, pegando todos de surpresa. O nível de confiança é elevado.

Tão elevado que a mesma empresa resolveu cobrar um valor extorsivo pelo jogo. Ao Brasil, coube a inglória sina de ter o Fallout 4 mais caro do mundo, saindo por 250 reais no Steam, o dobro de um The Witcher 3, outro RPG de mundo aberto com alto valor de produção e também o pináculo de uma bem-sucedida franquia. Mesmo lá fora, Fallout 4 está caro: impressionantes 80 dólares no GMG. Em outras lojas, é possível encontrá-lo por 60 dólares, acima da média dos lançamentos até então.

Esse preço é justificável? Talvez para um fã abastado. É inegável que o conteúdo presente permitirá centenas de horas de jogatina de qualidade. Mas qualidade e quantidade nunca foram parâmetro de preço até agora, o Steam está cheio de exemplos contrários. Bethesda abre um precedente perigoso para inflacionar toda a indústria e prejudicar a diversidade. Com menos dinheiro para investir, o jogador procurará os tiros certeiros, as continuações, os remakes de sua juventude.

Fallout 4 também chega movido a polêmica no quesito dos gráficos. Os segundos iniciais do trailer sugerem algo abaixo do que é possível fazer hoje em dia, mas logo o leque se abre e o próximo capítulo certamente será muito superior visualmente ao anterior. Sentirei falta do tom esverdeado, confesso. E o quanto a performance será sacrificada, ou vice-versa, só o tempo dirá. E bugs? Bugs da Bethesda? Eles nunca mudam.

Alguém lembra das polêmicas cercando Fallout 3?

Lá atrás, quando montava meu assentamento no Super Duper Mart, eu ansiava por um RPG que me permitisse construir meu espaço na vastidão. Um título onde fosse possível erguer a civilização com pedra e tijolo e não com bala e sangue somente. Encontrei parte do que queria em Minecraft. A Bethesda e seu impressionante sistema de customização de residências promete entregar o resto. É a evolução lógica para muitos jogos. É um caminho que o mais tosco jogo de sobrevivência de Early Access já aponta: oferecer um lugar para chamar de seu, construído com suor e defendido com garra.

Somente essa funcionalidade já garantiria um espaço para Fallout 4 na minha prateleira. Mas há também aquela corrida desenfreada para o abrigo, com as bombas caindo. Há um pai que perdeu sua família, o oposto psicológico de Fallout 3 me sugerindo que o emocional pode ter um peso no próximo jogo. Há Dogmeat. Há segredos a serem descobertos.

No momento, aguardo esta devastação. Tudo indica que, lamentavelmente, aguardarei por um longo tempo. Até que a poeira do preço nuclear assente e eu possa comprar Fallout 4 por um valor digno.

Ouvindo: Concrete Blonde - Violent

Zerg Rush

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Jogos de estratégia sempre oferecem uma visão em macro escala dos horrores da guerra, com algumas notáveis exceções, e sempre ignorando a população civil. Esse curta da RocketJump tenta quebrar um pouco essa tradição e nos apresenta uma visão diferente do mundo de StarCraft:

Sem heróis. Sem Marines. Sem Ghosts. Sem Battlecruisers.

Ouvindo: Concrete Blonde - Your Haunted Head

Feira da Fruta

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batman-bombDepois do Coringa, do Espantalho, de Bane, do Crocodilo, do Senhor Frio e até mesmo do Exterminador, a Warner finalmente conseguiu o que muitos julgavam improvável: destruiu o Batman.

A tragédia anunciada por um bug aqui e outro ali em Batman: Arkham Asylum, pelos vários bugs de Batman: Arkham City, finalmente se concretizou no terceiro trabalho da Rocksteady. Pela primeira vez em minha memória recente uma produtora voltou atrás e suspendeu as vendas de um título devido a falhas graves de versão.

Por um lado é preciso elogiar  a iniciativa da Warner de oferecer a cara para bater e até mesmo sugerir o caminho do reembolso para os jogadores que estiverem enfrentando dificuldades para rodar Batman: Arkham Knight em seus PCs. Isso, logo no dia seguinte do lançamento de um dos títulos mais aguardados do ano, se sujeitando a perder dinheiro a curto e médio prazo. É uma coragem que a Ubisoft não teve diante dos problemas de Assassin's Creed: Unity. É uma coragem que a SEGA não teve diante das críticas de Aliens: Colonial Marines.

Por outro lado, é preciso entender que tal nível de problemas não sai da fábrica sem que alguém perceba. Ou houve uma falha atroz no processo de teste do jogo ou alguém tomou a decisão de manter a data de lançamento e não adiar (novamente). Em ambas as hipóteses, boa parte da responsabilidade recai na Warner e não nos ombros da Rocksteady.

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Lembrando também que a desenvolvedora que ressuscitou o Batman nos jogos eletrônicos é diretamente responsável pelas versões de consoles do jogo. O desenvolvimento da versão para PC ficou ao encargo da Iron Galaxy Studios. O estúdio de Chicago já havia trabalhado anteriormente na franquia, portando Batman: Arkham Origins para PC e foi a escolha natural para o novo episódio da saga. Em algum ponto da linha de produção, Arkham Knight desandou.

Então, a Rocksteady é inocente? Difícil saber sem uma visão profunda dos bastidores e esse é o tipo de informação que não costuma vazar. Considerando as reclamações dos jogadores sobre Mortal Kombat X no computador, também portado por uma outra empresa diferente da desenvolvedora original e produzido pela mesma Warner, e dada a tendência histórica de jogos serem apressados para obedecerem calendários determinados por suas produtoras, eu arriscaria dizer que a Warner foi com muita sede ao pote.

Sem o mesmo alarde que seus problemas de performance, Batman: Arkham Knight esconde outro problema e esse sim determinado pela Warner: a dublagem nacional mais uma vez não está à altura do original. Com o agravante que, mais uma vez, o jogador não tem uma opção nativa na interface para alterar o áudio ou inserir legendas. Assim como em Mortal Kombat X, o jogo detecta o idioma da sua versão do Steam e aplica o áudio equivalente. A era do dublado chega oficialmente aos jogos eletrônicos, negando a alternativa de ouvir o som original (com ou sem legendas).

Apesar do desastre, tive a felicidade de ganhar uma chave de ativação do jogo do camarada Marcos A. T. Silva, do XboxPlus. Agradeço imensamente a gentileza. Não faço ideia de quando conseguirei testar o título, uma vez que estou abaixo da configuração mínima e tem muita gente acima da configuração máxima que ainda não conseguiu.

E, sim, estou olhando os dentes deste cavalo.

De um jeito ou de outro, a Warner vai pagar caro com o bolso pela última aventura do Batman. E a Rocksteady corre o risco de se despedir da franquia com a reputação manchada. Por essa, nem o Coringa sonhava.

Ouvindo: Radiohead - Street Spirit

O Profeta de Cthulhu

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Sandy PetersenDesde o começo de Junho, Carl Sanford Joslyn Petersen ou apenas Sandy Petersen como é mais conhecido, está de volta para os braços de Cthulhu para espalhar seu evangelho. É bem provável que você não conheça seu nome, mas sem seu trabalho talvez a obra de Lovecraft e os deuses sombrios da aurora dos tempos permanecessem esquecidos como uma bizarrice febril de um punhado de escritores.

E Doom e Quake certamente seriam títulos bem diferentes.

Durante sua adolescência nos anos 70 ele esbarrou em um livro antigo, uma edição empoeirada das Forças Armadas de uma compilação de histórias do mestre do horror H.P. Lovecraft. Como o misterioso livro foi parar na biblioteca de seu pai ou porque motivos as Forças Armadas distribuiriam tal literatura para seus soldados durante a Segunda Guerra são desígnios que não nos cabem conhecer. Mas quis o destino que o jovem Petersen carregasse aquela marca para sempre. Anos depois descobriria o RPG, quando Dungeons and Dragons explodiu na América.

Sandy Petersen conciliaria suas duas paixões na Chaosium, onde viria a trabalhar como escritor e criador do agora mítico RPG Call of Cthulhu. A editora já tinha reservado os direitos de adaptação de Lovecraft, mas sua tentativa anterior havia sido um desastre. Petersen, agora com 26 anos, enviou uma carta desejando escrever um suplemento para o RPG de Fantasia Runequest, uma aventura com fortes inspirações dos Mitos de Cthulhu. As estrelas se alinharam: a Chaosium entregou o trabalho para Petersen.

CoCO resultado foi um RPG sem concorrentes: uma aventura de horror e insanidade que era impossível vencer e revelava para jogadores do mundo todo o estranho mundo criado por H.P. Lovecraft. Seus monstros não podiam ser derrotados. Os personagens controlados não evoluíam, pelo contrário, quanto mais a trama e os confrontos avançavam, mais próximos da loucura final eles ficavam. Foi um sucesso de nicho que permaneceu sendo editado e reeditado por 34 anos.

Há quem diga que Call of Cthulhu reacendeu o interesse pela obra de Lovecraft em uma época em que sua popularidade já havia se esvanecido. Há quem diga que sem Call of Cthulhu não haveria a White Wolf e, consequentemente, Vampire ou Werewolf.

Depois de uma passagem imperceptível na Microprose, onde contribuiu em jogos como Darklands, Sword of the Samurai e o primeiro Civilization, Sandy Petersen encontrou um novo lar na id Software.

Em dez semanas no emprego, criou 11 níveis de Doom e adaptou outros 8 níveis rascunhados por Tom Hall. Só não produziu mais porque o jogo foi lançado logo em seguida. Isso não impediu que Petersen participasse com nada menos que 17 níveis para Doom II, seguidos por 7 níveis de Quake.

Sempre me perguntei porque o chefe final de Quake tinha um nome lovecraftiano e parecia uma aberração saída da mente do sorumbático escritor americano. Sandy Petersen é a resposta. Ele misturou Cthulhu no caldeirão de referências que fervia nos porões da id Software.

Shub-Niggurath

O mais irônico de tudo isso? Carl Sanford Joslyn Petersen é Mórmon. Praticante. Do seio de um dos segmentos mais controversos do cristianismo, de onde já saíram radicais de todo tipo, brotou aquele que espalhou Cthulhu por quase todo o lugar onde passou. Como isso é possível? Para Petersen, não há dicotomia ou ironia. Certa vez ele explicou para John Romero, durante o desenvolvimento de Doom: "Eu não vejo problemas com demônios no jogo. Eles são apenas desenhos. E, de qualquer forma, eles são os vilões".

Um nível de coerência que não se costuma ver fora da indústria.

Petersen poderia ter encerrado sua participação no grande esquema cósmico por aí. Mas ainda escreveria História ao migrar da id Software para a Ensemble Studios onde seria um dos designers responsáveis por toda a franquia Age of Empires e um dos integrantes da desenvolvedora mais ativos nos fóruns, onde adotou a alcunha de ES_Sandyman.

O escritor e criador de jogos ficaria na Ensemble até o último suspiro da desenvolvedora. Desde então, ele se tornou professor universitário de game design, editor de uma revista literária de horror, produtor executivo do filme The Whisperer in Darkness (obviamente um tributo a Lovecraft) e ainda arranjou tempo para criar um jogo móvel e uma bem-sucedida campanha no Kickstarter para um jogo de tabuleiro baseado em...Cthulhu.

O Grande Antigo que cochila em Rlyeh poderia ter libertado a alma de seu mais devotado cultista por serviços prestados. Mas o Chamado foi ouvido mais uma vez e agora Sandy Petersen está de volta para a Chaosium, onde tudo começou, para criar a próxima edição do RPG Call of Cthulhu. O alinhamento permanece e tudo caminha como deveria ser de acordo com Seu plano.

Call of Cthulhu

Ouvindo: Nine Inch Nails - Sin (Long)

Silêncio Desconfortável

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Às vezes, uma imagem vale por mil palavras!

Silêncio

Ouvindo: Nine Inch Nails - Terrible Lie (sympathetic mix)

Espaço Gótico

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ELEX

Espaço. A fronteira final.

Depois de ter criado toda uma carreira explorando os universo de fantasia com as franquias Gothic e Risen, a Piranha Bytes se prepara para lançar seu primeiro RPG de ficção-científica: ELEX.

A produção será fruto de uma parceria entre a desenvolvedora alemã e a produtora Nordic Games e só deverá ser lançada entre 2016 e 2017. Como manda o figurino, o jogo sairá para PC e para consoles. E, como manda o figurino, o press-release diz que esse será o "projeto mais ambicioso até hoje" das duas empresas.

ELEX aparentemente é uma sigla para Eclectic, Lavish, Exhilarating, Xenial (traduzindo: "Eclético, Elaborado, Esfuziante, Hospitaleiro). Sinceramente, espero que seja apenas uma brincadeira do anúncio oficial e não o significado verdadeiro, porque ficou ridículo.

A seu favor, ELEX traz a expertise da Piranha Bytes, que, a julgar pelas críticas, perdeu um pouco seu rumo com Risen 2 e 3, mas ainda carrega o manto sagrado dos dois primeiros Gothic. E o primeiro Risen é 9/10, segundo minha opinião. A seu favor, ELEX também traz uma descrição que cai como uma luva para a atmosfera que a desenvolvedora sempre injetou em seus títulos: "um RPG de ação ambientado em um novo mundo pós-apocalíptico de ciência fantástica que colocará o jogador em um gigantesco e contínuo mundo repleto de personagens originais, criaturas mutantes, profundas escolhas morais e ação poderosa".

A Piranha Byte sempre se destacou por oferecer uma visão nada adocicada de seus universos, com escolhas ambíguas e personagens sujos e pouco nobres tentando sobreviver cercados de perigos ainda maiores. A empresa ainda tem minha confiança. Mais RPGs de ficção-científica são sempre bem-vindos.

ELEX irá aparecer pela primeira vez já agora na Gamescon 2015, quando novos detalhes serão revelados.

Minha aposta? O protagonista não tem nome, naufragou em um planeta inóspito e precisa conquistar a confiança das diferentes e opostas facções que controlam o lugar, enquanto uma ameaça aterradora maquina nas sombras para destruir todo mundo. É a velha fórmula da Piranha Bytes. E eu gosto.

Ouvindo: MegaDriver - Doom

Promoção O Último a Sair… Apague a Luz!

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desura

Em 5 de Junho, eu noticiei a possibilidade da loja virtual Desura fechar:

De acordo com o site Rock Paper Shotgun, especializado em jogos de PC, a Bad Juju Games, proprietária da loja Desura desde o ano passado, abriu um processo de falência. O futuro do Desura ainda é incerto. A recomendação é que seus usuários baixem agora seus jogos cadastrados no sistema e façam um backup.

O Desura é uma das mais conhecidas lojas focadas em títulos de desenvolvedores de jogos independentes. Fundada pela Linden Labs, criadora também do Second Life, o Desura foi vendido em Novembro de 2014 para a Bad Juju Games. Desde a aquisição, tem sido constantes as reclamações de desenvolvedores sobre atrasos nos pagamentos.

Na semana passada, a Bad Juju Games respondeu publicamente sobre a questão dos atrasos e atribuiu o problema à falta de um sistema automatizado de pagamentos. Na data, a empresa de comprometeu a colocar os atrasados em dia manualmente. Agora, uma semana depois, a empresa abre falência.

Desde então, não houve nenhum comunicado oficial. Total silêncio.

Para piorar o prognóstico do Desura, o Indie Royale, um site irmão do Desura que vendia bundles de jogos independentes e também pertencia à Bad Juju Games, encerrou suas atividades sem aviso. Há duas semanas que nenhum pacote novo aparece para vender, em um site que costumava vender dois por semana, às vezes três. O operador do Twitter do Indie Royale informou que perdeu o acesso à sua conta de e-mail e não obteve qualquer resposta dos patrões. No começo de Julho, o pobre coitado fechou a conta do Twitter por iniciativa própria e comunicou que estava indo trabalhar no rival Bundle Stars.

Enfim, os sinais indicam que o Desura tem pouco tempo de vida. Como todos os jogos vendidos lá são livres de DRM, seus usuários deveriam baixar seus jogos e fazer cópias de segurança porque o futuro da loja é incerto.

"Fala da Promoção, caramba!"

Tenho aqui comigo desde um certo tempo algumas chaves de títulos e bundles inteiros disponíveis no Desura. Sempre que fiz promoções, dei preferência a chaves de ativação no Steam ou no Origin, dada a popularidade destes serviços.

Mas estas chaves não podem morrer na minha mão. Por isso estou realizando uma promoção às pressas para que que estes jogos encontrem seus destinos e sejam salvos o mais rápido possível.

Frozen Synapse

Graças à solidariedade de Taís Fantoni e Robson Arruda, doadores originais dos jogos, irei sortear quatro jogos e quatro pacotes de jogos completos. Meu sincero obrigado, em nome dos leitores do Retina Desgastada!

Para participar, você precisa ir para a página da Promoção O Último a Sair… Apague a Luz e seguir as instruções. O sorteio será realizado no dia 10 de Julho (sim, é relâmpago!) seguindo as orientações dos Deuses Randômicos. Ao contrário das promoções anteriores, você pode concorrer a quantos jogos quiser! Nenhum jogo pode ficar para trás.

Desta vez também temos uma regra nova. Como houve problemas com algumas chaves na promoção anterior e eu acabei pagando do próprio bolso por alguns jogos, a partir de agora, em caso de problema na ativação (ocorreu em menos de 10% dos casos), o ganhador deverá escolher um outro jogo entre uma seleção sugerida por mim entre aqueles que ainda estão no estoque. Ninguém vai ficar sem jogo e eu não vou ficar mais duro do que já estou.

Lembrando que esta promoção irá durar uma semana na esperança de que o Desura permaneça funcionando durante este período! Em caso de encerramento da loja virtual, a promoção fica lamentavelmente cancelada.

Ouvindo: Nine Inch Nails - Wish (Remixed By J.G. Thirlwell)

Minecraft: Story Mode Não é Bem o Que Eu Esperava…

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Conforme noticiado no Código Fonte, saiu hoje o trailer de Minecraft: Story Mode:

O primeiro trailer oficial com o enredo de Minecraft: Story Mode foi revelado hoje cedo durante a Minecon que acontece em Londres.

(…)

O jogo seguirá a fórmula de episódios lançados gradativamente, como os outros títulos desenvolvidos pela Telltale Games. Em Minecraft: Story Mode, o jogador controla Jesse, um habitante do mundo de Minecraft dublado pelo ator Patton Oswalt.

Jesse e seu grupo de amigos devem encontrar a lendária Order of Stone, um grupo de aventureiros do passado, para restaurar a paz ameaçada por um terrível mal novamente libertado. Como é comum nos jogos da desenvolvedora, o jogador será confrontado com decisões difíceis que irão moldar o andamento da história e sua conclusão.

O trailer, propriamente dito:

Quando o jogo foi anunciado pela primeira vez, eu entusiasticamente escrevi que "2015 pra mim agora é hype". O trailer joga um grande balde de água fria em minha expectativa.

Admiro o trabalho da Telltale, ainda que só os conheça através da franquia The Walking Dead, falha que pretendo corrigir um dia. E admiro demais o que a Mojang idealizou com Minecraft. A união destes dois poderia ser um sonho realizado.

Entretanto, percebo agora que a Telltale aparentemente optou por usar o universo de Minecraft e não a mecânica de Minecraft em sua empreitada. Sendo que o primeiro está carregado de potencial, mas que só é plenamente preenchido pelo segundo. A Mojang deliberadamente oferece pouca profundidade em sua caracterização, em sua construção de atmosfera, para que o jogador preencha esse vazio com suas próprias experiências. Em outras palavras: o universo de Minecraft não é rico. Ignorar a liberdade oferecida de interação é um equívoco.

Analisar um jogo apenas por seu trailer pode se revelar um equívoco. Mas, até o lançamento, puxei o freio do trem do hype e apenas observo agora. Daqui de onde estou, Minecraft: Story Mode lembra um grande vídeo de fã, quando, na verdade, o poder de Minecraft não está em assistir, mas em fazer.

Ouvindo: Garbage - It's All Over But The Crying

Jogando: Costume Quest

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Costume Quest 04

Costume Quest é o primeiro jogo da Double Fine que tive o prazer de experimentar. Originalmente, este era para ter sido o "jogo de Halloween" do meu filho, mas seu desinteresse inicial arrastou o título por quase um ano inteiro. Uma tremenda injustiça.

Sendo também o primeiro RPG do garoto, ainda que uma versão bem introdutório do genêro, os textos que precisam ser lidos por mim e traduzidos (com uma eventual perda de timing e contexto), a necessidade de realizar missões e explorar o cenário, aliados à falta de interatividade (ou seja, botões que ele possa apertar), causaram uma reação negativa a princípio. Outros títulos foram ocupando sua preferência e o tal "jogo do Halloween" ficou sendo empurrado para segundo plano por meses a fio.

Até que eu resolvi terminá-lo. O pouco que havíamos jogado juntos havia demonstrado um potencial. Não me arrependo da decisão.

Costume Quest 05Costume Quest 07

A cada cenário novo ou fantasia nova desbloqueada, eu chamava meu filho. "Tem coisa nova no jogo do Halloween, você precisa ver". Ele foi se envolvendo, a fábula deliciosa da Double Fine foi reconquistando aquela impaciente mente de quase oito anos. Ele assumiu um papel mais participativo nos combates e foi se interessando pela história. Em duas semanas, se tanto, havíamos terminado não apenas a aventura principal como a expansão gratuita Grubbin's On Ice. Com direito a bronca no pai por ter ousado uma noite jogado sem sua companhia.

Costume Quest pode ser definido como um JRPG para iniciantes com charme transbordando para todos os lados e capaz de agradar a todas as idades. Na noite de Halloween, um casal de irmãos gêmeos que obviamente implicam entre si descobre um plano sobrenatural para roubar todos os doces da cidade. Um deles é raptado e cabe ao outro reunir pistas, fantasias, doces e aliados para uma missão de resgaste. Os combates acontecem em turnos e exigem que você aperte os botões certos nas horas certas para realizar ataques e defesas.

A grande sacada da Double Fine foi pegar uma mecânica típica do Oriente e moldá-la para caber como uma luva na história. Sabe aqueles RPGs com inúmeros aliados onde você precisa escolher com qual você vai andar, baseado em seus poderes dentro e fora do combate? Aqui isso se traduz em "fantasias": cada roupa especial simboliza um destes personagens. Acrescentando uma terceira camada, a "fantasia" também é o motor da fantasia de cada criança, que vê aquela roupa se transformando de verdade em uma imponente criatura capaz de superar os perigos da noite. Os poderes extras que eles podem utilizar são figurinhas de um álbum especial que as crianças vão colecionando. As moedas para comprar coisas?Doces é claro.

Costume Quest 06Costume Quest 08

Trazendo três grandes áreas para explorar, Costume Quest se perde um pouco no uso de uma fórmula repetitiva. As missões são sempre as mesmas, só troca o ambiente. Essa tendência se repete em Grubbin's On Ice, que também traz três áreas, ainda que bem menores, visto ser uma expansão.

Mas esses defeitos não comprometem o conjunto da obra que tem personagens incrivelmente fofos, diálogos espertos carregados de ironia e referências (sem errar a mão), um sistema de batalha divertido e desafiador (principalmente nos chefes finais) e uma atmosfera mágica de molecagem.

Costume Quest 12

Viva La Revolución!

O jogo termina com fotos de infância dos membros da equipe caracterizados para o Halloween, sinalizando a clara nostalgia que o título produz. É uma conexão que não se estabelece para nós, brasileiros, mas dá para sentir uma pontinha de inveja e entender o que a data significa para as crianças americanas.

Com o trailer de Costume Quest 2, consegui reverter a impressão inicial do meu filho e agora ele está ansioso para saber o que acontece na continuação. Se San Gaben permitir, pode ser o nosso jogo de Halloween deste ano. E desta vez sem deixar para trás.

Ouvindo: Moby - Raining Again

Duelo de Titãs

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Um ano depois de ter começado minha carreira profissional no YouTube (de certa forma), o canal do Ei Nerd publica o vídeo que cujo roteiro é o sonho de qualquer leitor de Marvel e DC. Nada mais nada menos que uma batalha até o fim entre a Liga da Justiça e Os Vingadores.

O canal tem um formato fixo onde dois personagens dos quadrinhos ou dos animes trocam sopapos para tirar aquela velha dúvida da adolescência: quem é o mais forte? Como leitor das antigas, o dono do espaço me encomendou um confronto no estilo entre os maiores supergrupos de cada editora.

Topei o desafio. Não sabia a cilada em que estava me metendo.

Quanto mais escrevia, maior ficava. E complexo. Na verdade, tive até que fazer algumas pesquisas em fóruns para saber se essa ou aquela situação era possível. Levei alguns dias, provavelmente cinco vezes o tempo que levo para escrever um roteiro "normal" do canal, fiquei atormentado pela dúvida, mas atingi um resultado que era o mais imparcial dentro da liberdade que a narrativa pede e tinha uma dinâmica bacana.

O resultado ficou tão bom que o Ei Nerd resolveu tirar o roteiro do conceito de "batalha mortal" e criar do zero um novo formato, que chamaram de "Video Book", mas também pode ser entendido como uma novela de rádio. Ou fanfic narrada. Enfim, é algo inédito, acredito. Foi contratado um dublador profissional e a produção durou meses (o meu arquivo original .TXT é de Fevereiro).

Mas está aí: um sonho nerd realizado. Separe 20 minutos de sua vida e aproveite a luta:

Obviamente, como todo YouTuber que se preza, eu peço sua curtida, sua inscrição etc.

Observação: no vídeo gravado o destino do Gavião Arqueiro não está definido. Na verdade, houve um erro na hora da gravação e uma frase foi pulada. Não vou adiantar para não dar spoiler, mas quem quiser saber é só perguntar nos comentários aqui.

Ouvindo: Nine Inch Nails - Terrible Lie (live)

(não) Jogando: Pid

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Pid 01

Um jogo tão fofo como Pid merecia um destino melhor do que ser abandonado pelo meio caminho, mas infelizmente a vida é cruel.

Tentando encerrar os jogos pendentes que estão instalados antes das férias do meu filho começarem, descobri que Pid é um caso bem diferente do que Costume Quest. Enquanto esse último estava injustamente na geladeira, dez minutos de Pid nos lembraram porque o melhor é seguirmos caminhos diferentes.

À primeira vista, Pid é tudo de fofo. Um garoto perdido em um universo exótico tenta encontrar uma forma de voltar para sua casa enquanto encontra robôs de todo tipo e controla um estranho poder de fazer coisas (e ele mesmo) flutuarem. Uma direção de arte diferente? Sim. Uma trilha sonora agradável? Sim, também. Uma mecânica bem bolada? Também. Perfeito? Não.

Lamentavelmente, Pid só é casual em sua aparência, só é amigável em sua atmosfera. O jogo exige uma combinação perigosa de inteligência para decifrar seus puzzles e agilidade com várias teclas para executar a solução.

Pid 06

Em dez minutos, já estávamos xingando o pobre garoto perdido de coisas horríveis enquanto ele despencava para a morte ou era detectado por câmeras-robô.

Apesar dos pontos de salvamento bem distribuídos, Pid é um título que te força a quebrar o ritmo da descoberta, a imersão na atmosfera, enfim, a tal jornada mágica do garoto, a cada dois minutos para sofrer nas mãos de algo que exige mais reflexo e massa cinzenta que o jogo merece.

Pid 08Pid 02

Para quem sobreviveu a Billy Hatcher and the Giant Egg e aos insanos desafios de Toki Tori e Toki Tori 2, é claro que o problema de Pid não está no seu grau de dificuldade (como foi em Tiny Brains). O problema aqui é a relação esforço-recompensa que não está compensando: é muito trabalho para uma história que se arrasta, não faz sentido (e deve ser apenas um sonho do protagonista, desconfio) e cuja fofura não se renova depois do deslumbre inicial.

Entre seguir xingando o garoto, meu filho concordou em desinstalar o jogo e abrir espaço para uma aventura mais prazerosa.

Pid 09

Desculpa aí, Pid.

Ouvindo: Ozzy Osbourne - Nowhere To Run (Vapor Trail)

Resultado da Promoção O Último a Sair... Apague a Luz!

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trine

Uma semana depois e o Desura continua funcionando! Infelizmente, seu destino continua incerto, uma vez que ainda não há um comunicado oficial sobre a crise financeira da empresa dona do serviço.

Foram 25 concorrentes no total e, uma vez que qualquer um poderia escolher quantos jogos quisesse, a maioria dos títulos teve vários competidores. Ainda assim, o packHumble Frozenbyte Bundle foi o mais disputado, com 19 interessados.

Segue a lista dos vencedores:

  • Bolívar D'andrea foi o vitorioso sobre 11 camaradas e levou para casa o jogo Little Trus Man.
  • Bolívar D'andrea triunfou sobre os outros 15 leitores e vai aproveitar o jogo Constant C.
  • Gledson A. sapateou na cova dos 14 candidatos e embolsou o jogo Rise of the Ravager.
  • Edson Alves De Sousa derrotou 17 concorrentes e vai curtir sozinho o jogo Eleusis.
  • Chico Freitas derrotou 17 adversários e conquistou o jogo Humble Frozen Synapse Bundle.
  • Edson Alves De Sousa nem viu nenhum dos outros 19 concorrentes e faturou o jogo Humble Frozenbyte Bundle.
  • Alexandre Bueno venceu outros 17 competidores e vai curtir sozinho o jogo Humble Indie Bundle #3.
  • Alexandre Bueno nem viu nenhum dos outros 19 interessados e levou para casa o jogo Humble Indie Bundle #2.

As chaves de ativação estão seguindo agora para o endereço de e-mail cadastrado. Mais uma vez, meu grande OBRIGADO a Taís Fantoni e Robson Arruda, que fizeram as doações para o sorteio.

Então, se você é um dos ganhadores acima, ative e baixe o seu jogo o mais rápido que puder. As chaves de ativação sorteadas são exclusivas do Desura e não funcionam no Steam. Baixe o jogo que ganhou e salve em um lugar seguro.

Para ativar um jogo no Desura você precisa de uma conta no serviço e entrar com a chave de ativação na página da sua Collection. Clique no jogo para baixar. Atenção: será oferecida a opção de instalar através do cliente do Desura. Não utilize. Não é uma boa ideia vincular seu jogo a um instalador de um serviço que pode desaparecer sem aviso. Escondida em letras miúdas na tela de download existe um link para o download direto do jogo, livre de DRM ou instaladores proprietários.

Ouvindo: Ozzy Osbourne - Therapy feat. Infectious Grooves
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