Dizem que até a mais inócua das substâncias pode ser nociva dependendo da dosagem. Descobri que a quantidade exata que suporto de Overlord estava totalmente contida dentro do primeiro jogo.
Chega a ser cruel afirmar que o maior defeito de Overlord II é ser mais do mesmo, uma vez que mais do mesmo é o tipo de coisa que muitos fãs buscam em continuações. A raiz do problema aqui é que a franquia tem defeitos e estes defeitos não se tornam melhor com a repetição enquanto suas diversas qualidades se desgastam no que pode ser considerada minha terceira jornada pela franquia. Quando o novo título desperta mais as lembranças ruins que tive de Raising Hell do que os bons tempos passados comandando os Minions, tenho a sensação de que atingi meu ponto de saturação.
A parte mais divertida do jogo: não tínhamos a menor ideia dos problemas que viriam
Seis horas de jogatina, algumas depois de minha análise inicial, e estou irritado com a burrice artificial de meus serviçais que não enxergam um pote de ouro a um metro de distância ou atacam os alvos errados, a menos que eu mire cuidadosamente. Estou irritado com missões de stealth que oferecem quase nada de dicas de como proceder. Estou irritado com a burocracia de ter que executar uma série de passos para poder ressuscitar os melhores minions caídos em batalha, uma funcionalidade que seria fantástica se não fosse tediosa. Estou irritado com o sistema de salvamento que força você a andar longas distâncias até voltar ao ponto em que estava, com o caminhar lento do Overlord. E isto muito antes dos puzzles realmente complicados começarem a aparecer.
Joguei, joguei, joguei pra morrer na praia
Prefiro parar por aqui, para preservar o que ainda resta de estima pela série. Lembro claramente que, ao terminar o primeiro jogo, me arrependi amargamente de não ter comprado o pacote completo no Steam... Teria sido melhor se esse arrependimento tivesse permanecido congelado no tempo.