Em Dezembro, o Steam modificou o sistema de curadoria na plataforma, introduzindo uma série de mudanças para melhorar o problema de visibilidade de jogos menos famosos. Além disso, o Steam também buscou uma forma de encurtar a distância entre curadores e desenvolvedores, permitindo que esses enviem diretamente através do serviço chaves de acesso para aqueles.
O que me colocou em um dilema: como dar conta da demanda?
Repentinamente, o que deveria ser um hobby, uma extensão do meu hábito de jogar, combinando com minha sanha para escrever, se transformou em uma fila de cinco jogos oferecidos, que ainda pode aumentar. Somando isso com os jogos aos quais tenho acesso através do Gamerview, os títulos que eu escolho aleatoriamente, o proverbial "deu vontade de começar isso aqui" e uma ou outra demo que chama muito a atenção, me vejo na beira da sobrecarga (como já aconteceu em alguns momentos do ano passado).
Em contrapartida, do outro lado dessa lista estão desenvolvedores que confiaram no minha curadoria ou apreciam o que faço no blog e estão à espera de uma opinião e/ou visibilidade. Correndo o risco de ficarem meses (ou permanentemente) na geladeira porque meu hábito de jogar não obedece muito prazos, como bem sabem muitos leitores que me presentearam com títulos que acabei deixando acumular poeira (desculpem-me se pareci ingrato, está longe da verdade!).
Com dor de consciência, me vejo forçado a recusar esse papel de curador. Sou apenas um cara que joga quando pode e escreve sobre isso. Tampouco me vejo aceitando a chave de X e recusando Y, baseado sabe-se lá em que critério da vontade. Não quero ninguém imaginando que foi rejeitado. Por isso, tomei a decisão de recusar todas as ofertas, sem exceção. Parece egoísmo ou estrelismo, mas desejo toda a sorte do mundo para todos. Eventualmente posso até acabar jogando um desses títulos, uma vez que o mundo dá voltas, mas será comprado com meu dinheiro, no momento certo.